Passo a passo de como migrar hospedagem de site com segurança

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A migração de uma hospedagem de site é uma das tarefas mais críticas e delicadas na gestão de uma presença digital. E é por isso que você precisa saber exatamente o que fazer nessa abordagem para garantir uma transição que ninguém perceba ao final

Saber como migrar hospedagem de site vai muito além do que copiar os arquivos e levar de um ambiente para outro.

Afinal, se mal executada, pode resultar em downtime, perda de dados, corrupção de funcionalidades e, consequentemente, prejuízos financeiros e de reputação.

Continue a leitura e entenda mais sobre o passo a passo da transferência de ativos, até as estratégias de validação e mitigação de riscos para garantir uma transição com o mínimo de fricção e máxima segurança. Confira!

O que é necessário antes de migrar a hospedagem?

Como falamos, uma migração bem-sucedida começa muito antes da primeira linha de comando ser executada. Vamos lá?

Inventário completo de ativos digitais

Antes de qualquer ação, é preciso realizar um inventário exaustivo de todos os componentes vinculados à hospedagem atual. Aqui estamos falando muito além do diretório public html e do banco de dados principal.

Você precisa olhar para:

  • Domínios e subdomínios: catalogue todos os domínios principais, subdomínios, domínios de addon e domínios estacionados. Cada um possui seus próprios registros DNS que precisarão de atenção;
  • Bancos de dados: identifique todos os bancos de dados em uso, suas respectivas credenciais de acesso, versões (MySQL, MariaDB, PostgreSQL) e, crucialmente, seus character sets (ex: utf8mb4_unicode_ci);
  • Contas de e-mail: liste todas as contas de e-mail, redirecionamentos e autoresponders associados ao domínio. A migração de e-mails é frequentemente um ponto de falha;
  • Tarefas agendadas (Cron Jobs): exporte a lista completa de cron jobs. Scripts de automação, backups ou integrações podem parar de funcionar se não forem recriados no novo ambiente;
  • Certificados SSL/TLS: verifique os certificados existentes, suas datas de expiração e se são pagos ou gratuitos (como Let’s Encrypt). O novo host precisará ter os certificados devidamente instalados;
  • Dependências externas: registre quaisquer serviços de terceiros que se integram via IP, como gateways de pagamento, APIs ou sistemas de monitoramento que podem ter o IP do servidor antigo em uma whitelist.

Auditoria de compatibilidade de ambiente

Não espere que o novo ambiente de hospedagem será uma réplica idêntica do antigo. Uma auditoria de compatibilidade é vital para prevenir que a aplicação quebre após a migração.

Nessa etapa, então, você precisa olhar para:

  • Versão do Servidor Web: Apache, Nginx, LiteSpeed? As configurações, como arquivos .htaccess, são específicas do Apache e podem não funcionar ou exigir tradução em outros servidores;
  • Versão do PHP e extensões: confirme a versão do PHP (ex: 7.4 vs 8.1) e, mais importante, certifique-se de que todas as extensões PHP requeridas pela sua aplicação (php -m) estão instaladas e ativas no novo servidor;
  • Limites de recursos: compare parâmetros críticos no php.ini como memory_limit, max_execution_time, e upload_max_filesize. Uma disparidade aqui pode causar desde falhas em uploads até erros 500 em processos mais pesados;
  • Versão do banco de dados: uma migração de uma versão antiga do MySQL para uma muito mais recente do MariaDB, por exemplo, pode introduzir incompatibilidades em queries ou funções obsoletas.

Análise e seleção técnica do novo provedor

Depois, é hora de focar na escolha do novo provedor, que deve ser guiada por critérios técnicos que suportem sua operação a longo prazo, como:

  • Acesso e ferramentas: acesso SSH é inegociável para uma gestão eficiente. Verifique a disponibilidade de ferramentas como Git, WP-CLI (para WordPress), e o gerenciador de pacotes adequado (Composer, npm);
  • Performance e caching: avalie as tecnologias de caching oferecidas (Varnish, Redis, Memcached) e se o hardware utiliza armazenamento SSD/NVMe;
  • Segurança e backups: analise as soluções de segurança (WAF, proteção DDoS) e, principalmente, a política de backup. Os backups são automáticos? Qual a frequência e a profundidade da retenção? O processo de restauração é simples e rápido?;
  • SLA (Service Level Agreement): revise o contrato de nível de serviço para entender as garantias de uptime e as compensações em caso de falha.

Leia também: Como escolher a melhor hospedagem de site para o seu projeto

Passo a passo de como migrar hospedagem de site

Mas o que fazer para tornar esse processo mais eficiente e prático? Confira!

Contratação e preparação do novo ambiente

O primeiro passo consiste em contratar o novo serviço de hospedagem e preparar o ambiente conforme as necessidades do projeto.

Para isso, é fundamental configurar o servidor, ajustar permissões de acesso (como SSH, SFTP e painel de controle) e validar os recursos disponíveis, como versões de linguagens, banco de dados e extensões necessárias.

Backup completo do ambiente atual

Antes de qualquer movimentação, é imprescindível gerar um backup completo do ambiente atual. Isso inclui a cópia de todos os arquivos, bancos de dados, caixas de e-mail, registros DNS e certificados digitais.

Transferência dos dados para o novo servidor

Com o backup em mãos, inicie a transferência dos dados para o novo servidor. Utilize protocolos seguros como SFTP para preservar a estrutura de diretórios e as permissões originais dos arquivos.

Realize a importação dos bancos de dados, ajustando as strings de conexão e variáveis de ambiente conforme necessário para o novo contexto.

Configuração de DNS e testes prévios

Após transferir todos os dados, configure um ambiente de staging no novo servidor para realizar testes prévios. Antes de alterar os registros DNS, valide o funcionamento completo do site, incluindo integrações, formulários, scripts e APIs.

Tenha certeza de que os certificados SSL estejam corretamente instalados, as regras de firewall estejam ativas e as permissões estejam ajustadas.

Atualização dos apontamentos DNS

Com o ambiente devidamente testado, prossiga com a atualização dos registros DNS para direcionar o tráfego ao novo servidor.

Altere as entradas A, CNAME e MX conforme necessário, observando o tempo de propagação (TTL) para minimizar o downtime.

Testes pós-migração e validação final

Após a propagação dos DNS, realize uma bateria de testes no ambiente de produção para garantir que todas as páginas, funcionalidades, integrações externas e fluxos de navegação estejam operando corretamente.

Não se esqueça de monitorar os logs de erros, acessos e performance para identificar rapidamente qualquer anomalia ou instabilidade decorrente da migração.

Manutenção do ambiente antigo

Mesmo após a conclusão da migração, mantenha a hospedagem anterior ativa por alguns dias. Esse procedimento permite um rollback rápido em caso de falhas e facilita a comparação de desempenho entre os ambientes.

Só encerre o serviço antigo após confirmar a estabilidade do novo ambiente, a ausência de pendências e a total funcionalidade do site, garantindo assim uma transição segura e sem prejuízos para o negócio.

Dicas para evitar erros e instabilidades

Mesmo fazendo tudo isso, esse é um trabalho que exige um cuidado aos mínimos detalhes para evitar qualquer erro ou instabilidade. Para isso, algumas dicas podem ajudar!

Planejar a migração em horários de menor acesso

Use as ferramentas de análises (Google Analytics, por exemplo) para identificar o dia da semana e o horário com o menor volume de tráfego.

Realizar a migração durante essa janela — tipicamente de madrugada — reduz o número de usuários que podem ser afetados durante o período de propagação de DNS, onde alguns ainda acessam o servidor antigo enquanto outros já acessam o novo.

Manter a hospedagem antiga ativa até o processo ser concluído

Este é um dos mandamentos da migração segura. Não cancele o plano de hospedagem antigo imediatamente após a mudança do DNS.

Mantenha totalmente funcional por pelo menos 72 horas. Isso serve como uma rede de segurança vital, garantindo que os usuários cujos provedores de internet ainda não atualizaram o cache de DNS continuem a ter acesso ao site no servidor antigo, proporcionando uma experiência de downtime zero.

Confirmar se tudo está funcionando antes de cancelar a antiga

Antes de dar o processo por encerrado e desativar o servidor antigo, execute uma checklist de validação final, agora com o tráfego real fluindo para o novo host, analisando os seguintes fatores:

  • Executar um crawler no site (como o Screaming Frog) para identificar links quebrados (erros 404);
  • Testar novamente todos os formulários de contato, login e inscrição;
  • Realizar uma transação de teste completa em sites de e-commerce;
  • Verificar se os cron jobs estão sendo executados corretamente no novo servidor;
  • Confirmar que o envio e recebimento de e-mails estão funcionando perfeitamente através dos novos registros MX.

Desenvolver e documentar um plano de rollback

A esperança não é uma estratégia. Tenha um plano de rollback claro e documentado.

Dada a dica de manter o servidor antigo ativo, o plano de rollback é incrivelmente simples e rápido: se for detectado um problema crítico e insolúvel no novo ambiente, basta reverter a alteração do DNS, apontando o registro A de volta para o IP do servidor antigo.

Como o TTL já estava baixo, a reversão também se propagará rapidamente, restaurando o serviço com impacto mínimo.

Verificação pós-migração de permissões e propriedade de arquivos

É comum que, após a descompactação de arquivos ou transferência via rsync com o usuário root, as permissões e a propriedade (owner/group) dos arquivos fiquem incorretas.

Afinal, na prática, isso pode causar desde erros de “permissão negada” até falhas de segurança. Após a migração, execute comandos para garantir a conformidade.

Ao seguir uma abordagem estruturada, começando com um inventário detalhado e uma auditoria de compatibilidade, executando a transferência com ferramentas robustas, validando tudo em um ambiente controlado e gerenciando a transição de DNS, a migração fica muito mais fácil.E para deixar tudo ainda mais simples, você pode conhecer a hospedagem de sites com cPanel, a solução mais completa e segura para o seu negócio!

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