A história do E-commerce e como ele mudou o jeito de comprar (e vender) no Brasil

imagem de uma moça mexendo no celular

A história do e-commerce no Brasil é marcada pelo sucesso de empresas pioneiras, como a Americanas.com e o Submarino. Com o tempo, a Magazine Luiza se destacou, ao integrar suas lojas físicas com o ambiente digital, enquanto o Mercado Livre popularizou os marketplaces e sistemas de pagamento seguros.

A história do e-commerce no Brasil é marcada por desafios e inovações que transformaram o jeito de comprar e vender no país. 

Desde os primeiros passos na década de 1990, com a chegada da internet comercial, até a revolução digital impulsionada pela pandemia de Covid-19, o e-commerce se consolidou como uma das formas mais importantes de consumo e empreendedorismo no país. 

Década de 90: os primeiros passos

A história do e-commerce no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando a internet passou a ser usada comercialmente no país, a partir de 1995. 

Em 1996, surgiram os pioneiros do setor, como a Booknet (que mais tarde se tornaria o Submarino) e a Americanas.com. Nesta época, o foco inicial estava em produtos mais simples de estocar e enviar, como livros, CDs e eletrônicos.

A infraestrutura da internet ainda era bastante limitada. As conexões eram discadas, o que tornava a navegação lenta e exigia que a linha telefônica ficasse ocupada durante o uso. 

Os primeiros sites de vendas no Brasil eram simples, com pouca interatividade, e ainda não havia sistemas de pagamento online realmente seguros. Além disso, muitos consumidores tinham receio de inserir dados pessoais e bancários na internet, dificultando as vendas.

Anos 2000: o boom da internet e da popularização

Nos anos 2000, o comércio eletrônico no Brasil começou a viver uma fase de crescimento acelerado, impulsionado pela popularização da internet. 

As conexões banda larga começaram a se expandir pelas grandes cidades, substituindo as antigas conexões discadas e tornando a navegação mais rápida e estável. 

Com isso, mais pessoas passaram a acessar a internet com frequência, criando um ambiente mais favorável para as compras online. Assim, foi nessa década que o consumidor brasileiro passou a confiar mais nas transações digitais. 

A chegada de sistemas de pagamento mais seguros, como o PagSeguro (lançado em 2006) e o PayPal, ajudou a consolidar essa confiança, oferecendo mais proteção contra fraudes. Além disso, a legislação brasileira avançou em termos de proteção do consumidor online, contribuindo para o aumento nas vendas.

O crescimento da classe média, o aumento da oferta de computadores e o parcelamento no cartão de crédito foram fatores que impulsionaram ainda mais esse mercado. 

Grandes varejistas, como Magazine Luiza, Casas Bahia e Ponto Frio, passaram a investir fortemente em suas lojas virtuais, criando integração entre loja física e digital.

Outro marco importante dos anos 2000 foi o fortalecimento das campanhas de marketing digital. A ascensão do Google e o início das redes sociais, como Orkut e, posteriormente, o Facebook, abriram novas possibilidades para divulgação de produtos, campanhas promocionais e relacionamento com o cliente. 

A transformação nos anos 2010

Os anos 2010 marcaram uma verdadeira transformação digital na história do e-commerce no Brasil, impulsionada por três fatores principais: o crescimento do acesso à internet móvel, o avanço dos smartphones e a consolidação dos marketplaces

Com a popularização dos smartphones, os consumidores passaram a pesquisar preços, comparar produtos, ler avaliações e fechar pedidos usando aplicativos ou navegadores móveis. 

Essa mudança fez com que as empresas investissem fortemente em sites responsivos, aplicativos de venda e experiências mais fluidas e rápidas.

Foi também na década de 2010 que os marketplaces, como Mercado Livre, B2W (Submarino, Americanas), Magazine Luiza e, mais tarde, Amazon, se consolidaram como potências do varejo digital brasileiro. 

Esses grandes players passaram a permitir que lojistas menores vendessem dentro de suas plataformas, criando um ambiente de venda mais amplo, competitivo e acessível, para o consumidor ser beneficiado pela maior variedade de produtos, melhores preços e maior comodidade.

Ao mesmo tempo, ferramentas de logística, rastreamento e atendimento evoluíram. A entrega passou a ser mais rápida e eficiente, com opções como frete expresso, retirada em loja e, mais tarde, até mesmo entregas no mesmo dia em grandes centros urbanos.

A década também trouxe o fortalecimento das redes sociais como canais de venda. Instagram e Facebook passaram a ser usados não somente para divulgação, mas como vitrines reais de produtos, com links diretos para compra. 

Além disso, influenciadores digitais ganharam força e passaram a impactar diretamente as decisões de consumo.

Pandemia e aceleração digital 

A chegada da pandemia de Covid-19, em 2020, provocou uma revolução no comportamento de consumo e acelerou de forma inédita o crescimento do e-commerce no Brasil. 

Com as restrições de circulação, o fechamento temporário do comércio físico e a necessidade de isolamento social, milhões de brasileiros passaram a recorrer à internet como única alternativa para comprar produtos essenciais e manter a rotina de consumo.

Com esse cenário, empresas de todos os tamanhos precisaram se adaptar rapidamente ao ambiente digital. Pequenos comerciantes, que até então dependiam exclusivamente das vendas presenciais, começaram a criar perfis em redes sociais, usar aplicativos de entrega e marketplaces para manter seus negócios ativos.

Durante esse período, houve um crescimento expressivo nas vendas online de alimentos, medicamentos, itens de higiene, eletrodomésticos e até serviços digitais. 

Os consumidores, por sua vez, passaram por um processo de amadurecimento digital, aprendendo a comprar com mais segurança, agilidade e autonomia. Além disso, a confiança no comércio eletrônico aumentou, impulsionada pela melhoria nos meios de pagamento, nas opções de entrega e no atendimento ao cliente.

Aplicativos de grandes varejistas, carteiras digitais e integração com redes sociais tornaram a experiência mais fluida e intuitiva, atendendo a um consumidor cada vez mais exigente e conectado.

Cenário atual e tendências futuras

Atualmente, o e-commerce brasileiro vive um momento de maturidade e constante inovação. Após décadas de crescimento e da aceleração provocada pela pandemia, o hábito de comprar online se consolidou definitivamente entre os consumidores. 

As compras por dispositivos móveis se tornaram maioria, consolidando o mobile commerce (m-commerce) como principal canal de vendas. Além disso, o uso de carteiras digitais, pagamentos por aproximação (NFC) e Pix transformaram como os brasileiros pagam online, trazendo mais agilidade, praticidade e segurança. 

Ao mesmo tempo, as redes sociais se firmaram como canais importantes de venda e relacionamento com o cliente, o chamado social commerce.

Os consumidores de hoje valorizam não somente preço e praticidade, mas também experiência, personalização e propósito. Em relação ao futuro, algumas tendências já se desenham com força:

  • Live commerce: transmissões ao vivo com apresentação de produtos e interação em tempo real com o público, misturando entretenimento e vendas;
  • Inteligência artificial e automação: personalização de ofertas, chatbots mais avançados, recomendações inteligentes e gestão automatizada de estoque e logística;
  • Realidade aumentada (AR): simulações que permitem “experimentar” produtos, como roupas, móveis ou maquiagem, antes de comprar;
  • Omnicanalidade real: integração total entre lojas físicas e digitais, com experiências de compra unificadas e complementares;
  • Marketplaces segmentados: nichos específicos ganhando espaço com plataformas voltadas para públicos ou produtos especializados.

Impacto da história do ecommerce no empreendedorismo

O surgimento do e-commerce transformou profundamente o cenário do empreendedorismo no Brasil. Ao reduzir barreiras de entrada, permitiu que pequenos empreendedores iniciassem negócios com baixo investimento, vendendo para todo o país, e até internacionalmente, sem precisar de uma loja física. 

Como resultado, surgiram milhares de micro e pequenas empresas digitais, fomentando inovação, geração de renda e novos modelos de negócio. Desse modo, a história do e-commerce no Brasil não só mudou o jeito de comprar, mas também redefiniu o jeito de empreender no Brasil.

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